quarta-feira, 24 de junho de 2015

CLIMA E VEGETAÇÃO

CLIMA - O clima predominante da região é o subtropical de altitude (Cwa, segundo a classificação climática de Köppen, baseada em dados mensais pluviométricos e termométricos), com alta pluviosidade no verão, sem inverno seco, com chuvas se estendendo por todo o ano.

O Parque Estadual Intervales se localiza na região sul do Estado de São Paulo e recebe a influência, principalmente, de duas massas de ar, a Tropical Atlântica (predominante e constante, resonsável pela distribuição de chuvas) e a Polar Atlântica (responsável pelas quedas bruscas de temperatura) (Sano, 2007), sendo que boa parte de sua área engloba as encostas da Serra de Paranapiacaba com altas declividades, com altitudes chegando a 1.100 m.
Esse padrão de altas encostas funciona como uma barreira para o avanço das massas de ar provenientes do Sul do continente e do Oceano Atlântico, o que faz com que as nuvens sejam empurradas para o alto desses paredões se condensando, ocasionando assim, muita chuva e neblina (Ecotour, 2005). Essa característica microclimática ocasiona alta precipitação ao longo do ano, onde o total anual de dias chuvosos varia de 125 a 150 (Leonel e Silva, 2001), com médias de precipitações variando de 2000 a 3000 mm/ano e alta umidade relativa do ar que varia entre 65 e 100% (Ecotour, 2005).
As temperaturas médias anuais variam de 15ºC a 22ºC, respectivamente de inverno para verão (Saia, 2006). Nos meses mais frios, as temperaturas mínimas absolutas anuais chegam a -4°C nas altitudes mais elevadas, ocorrendo de um a cinco dias de geadas por ano (Leonel e Silva, 2001).
A complexidade das variações climáticas locais devem-se, principalmente às características da região, ou seja, devido às faces de exposição à radiação solar das montanhas, morros ou morrotes, mais frias na face sul e acentuadas nessas latitudes maiores à ação dos ventos, sendo os fundos de vales mais protegidos que as áreas entre as drenagens (interflúvios) e topos de montanhas à presença de neblina nas cotas mais altas de altitude, capaz de aumentar a quantidade de água disponível às drenagens, que favorecem maior umidade no solo e, em algumas circunstâncias permitem a penetração de luz nas suas margens, no interior das florestas e as variações bruscas de temperatura entre uma área e outra do parque são decorrentes da elevação altitudinal, quando há queda de aproximadamente 0,6°C na temperatura média anual, a cada 100m de elevação (Leonel e Silva, 2001).


VEGETAÇÃO - A cobertura vegetal predominante no Parque Estadual Intervales (PEI) é a Floresta Ombrófila Densa (Floresta Pluvial Tropical), que necessita de muita água. Com árvores que atingem até 35 metros de altura, sua flora é rica e diversificada, com destaque para o cedro e canela, o palmito juçara, as epífitas, como bromélias e orquídeas, que vivem na sombra da floresta, e as lianas, que são os cipós.

A Floresta Ombrófila Densa é o mais exuberante dos ecossistemas da Mata Atlântica, com grande ocorrência de endemismo (espécies que só ocorrem nesta região) e os maiores índices de biodiversidade de todo o planeta.

É importante ressaltar que embora a vegetação do PEI apresente um exuberante vigor vegetativo, trata-se em sua maioria de Mata Secundária derivada de Floresta Ombrófila Densa Montana ou Submontana. (Extraído do panfleto informativo do PEI).




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